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Bromélia Tillandsia stricta


Bromélia Tillandsia stricta

O verão já chegou ao fim e quase ia me esquecendo de destacar uma bromeliácea que despertou bastante meu interesse e atenção desde o final do ano passado, quando sua inflorescência simultânea em vários pontos da cidade coloriu os troncos das mais diversificadas árvores da zona sul carioca.

Segundo "O Grande Livro das Plantas de Interior" - Seleções do Reader's Digest" (1982), as bromeliáceas são plantas em forma de roseta, de origem tropical em sua maioria, que diferem da maior parte das outras plantas por absorverem elementos nutritivos e umidade pelas folhas, e não por meio das raízes, que, especialmente no caso das bromeliáceas epífitas, têm função basicamente de suporte.

Esse é o caso da bromélia Tillandsia stricta, em destaque na foto que inicia o post, tirada no início do mês de março, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, próximo ao "jardim japonês".

É interessante notar que as flores dessa bromélia são na verdade minúsculos pontos arroxeados que raramente excedem 1 cm e que emergem de brácteas (escape floral que sai da roseta) muito compactas, de coloração rosada e bastante decorativas (o detalhe só pode ser observado com a imagem ampliada).

Notei, pessoalmente, que as brácteas dessa espécie, ao emergirem, encontram-se ainda esbranquiçadas e vão intensificando sua cor aos poucos, à medida que crescem e projetam-se para fora da roseta.

Outro dado curioso é que, enquanto as flores são de breve duração, as brácteas podem manter-se atraentes durante várias semanas. E, em regra, cada roseta floresce apenas uma vez, para depois morrer lentamente, o que torna o registro de sua floração um momento único, como tudo na natureza.



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Príncipe de volta ao Jardim Botânico!


Príncipe (Pyrocephalus rubinus)

O Príncipe (Pyrocephalus rubinus) é ave migratória. Com a chegada do inverno nas regiões Sul e Sudeste do país, a espécie sobe em direção à Amazônia, retornando na primavera e verão.

Segundo o Guia de Campo das aves do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, idealizado por Lena Trindade e Plínio Loures Senna, e com verbetes do ornitólogo Henrique Rajão, que é também quem conduz o passeio mensal de observação de aves no Jardim Botânico, essa linda ave ocorre ali apenas ocasionalmente, principalmente no arboreto, pousado em árvores isoladas ou arbustos.

Isso talvez se deva por ser a nossa estrela uma ave acostumada a viver em campos e cerrados, daí certa dificuldade em observá-la nos grandes centros urbanos.

Por esses motivos, toda vez que se tem notícia do seu aparecimento no Jardim Botânico, é uma correria só para observar o bicho, que, além de muito bonito, é bem generoso em deixar-se fotografar, já que cumpre à risca o hábito de "pousar em galhos expostos".

Lembro que a última notícia que tive de seu aparecimento no Jardim Botânico foi no final do ano de 2013. Quem fez o seu registro, à época, foi o amigo José Eduardo Cruz, que gentilmente cedeu a imagem para divulgação neste blog. O registro foi feito dia 22 de novembro de 2013, às 7h55.


Príncipe (Pyrocephalus rubinus)
(foto: José Eduardo Cruz)

Naquele ano não tive a oportunidade de ir ao Jardim Botânico, no lugar onde ele costuma dar as caras por lá, o "jardim de plantas bíblicas", nome bem apropriado, aliás, para sua ocorrência, porque o seu avistamento é algo bem próximo da ideia que concebo sobre o paraíso.

Desde então, passados quase dois anos de seu último aparecimento no Jardim, e contando com a generosidade do fotógrafo Sergio Costa, que primeiro noticiou o retorno do Príncipe ao Jardim, e com o auxílio providencial da fotógrafa e amiga Paula Maria Medeiros, consegui, finalmente, no dia de ontem (19 de setembro, às 11h45) meu primeiro avistamento e registro fotográfico!

Pois é amigos, no último post falava sobre o conjunto de sentimentos que costuma acompanhar um "lifer", e agora escrevo sob a forte emoção do primeiro encontro, nem tanto pela beleza da ave, que é indiscutível, mas pela raridade de sua ocorrência no Jardim Botânico (basta vislumbrar que, ao terminar de escrever esse artigo, é possível que o Príncipe já tenha deixado o Jardim).

O Príncipe estava ali, tipicamente pousado sob o sol em um galho exposto, o que me permitiu realizar "fotos até cansar", como bem disseram Sérgio e o fotógrafo Flávio Pereira.

Além da foto que inicia esse post, gostaria de encerrar com o registro a seguir, agora com a ave em um galho mais baixo ("na altura dos olhos", conforme dica da Paula), com um belo verde ao fundo, no tom da esperança de que o Príncipe retorne mais uma vez ao Jardim, como tem feito, para brindar com sua presença as gerações de observadores de aves que ainda estão por vir.

Aos queridos Sergio Costa e Paula Maria Medeiros, meu profundo agradecimento, mais uma vez, por proporcionarem esse momento único em minha vida.

Príncipe (Pyrocephalus rubinus)
(clique para ampliar)



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