Falcoaria no Zoo do Rio


O falcoeiro e estudante de biologia Bruno Nogueira,
com Rubi, fêmea de Gavião-asa-de-telha, no Zoo do Rio


Arte milenar originalmente voltada ao treinamento de aves de rapina para a caça de outros pássaros e de pequenos quadrúpedes, a Falcoaria apresenta hoje outros usos importantes, como a educação ambiental, a reabilitação de rapinantes e o controle populacional de outras espécies. Em 2010 foi classificada como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Recentemente, o Zoo do Rio de Janeiro foi pioneiro em introduzir sua prática nos jardins zoológicos do país. Por meio de voo condicionado, é possível ver de perto essas aves imponentes projetando-se de um poleiro alto a outro, a céu aberto, sob o comando de voz e gestual do falcoeiro.

O responsável por trazer essa arte ao Zoo do Rio é Leandro Mautone, que aprendeu falcoaria na Toscana (Itália) por 8 anos, com o príncipe Guglielmo Di Ventimiglia.


Leandro Mautone e Draco, macho de Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus)
(foto: arquivo pessoal)

Paralelamente ao uso de cães, os rapinantes já oferecem importante controle da população de urubus, diminuindo o risco de contaminação da água consumida pela fauna local.

Uma das aves que vem sendo treinada há pelo menos 5 meses é apelidada de Rubi, uma simpática fêmea de Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus) de sete meses de idade. Na foto que inicia a matéria, Rubi é conduzida pelo falcoeiro e estudante de biologia Bruno Nogueira, que me esclareceu sobre essa arte milenar e permitiu ter o prazer de segurar Rubi em meu próprio braço, realmente um momento único.


Rubi, a imponente fêmea de Gavião-asa-de-telha, no Zoo do Rio

Além de Rubi, estão em treinamento Luke, uma coruja de nome popular Suindara (Tyto furcata) e Catatau, o conhecido falcão Carcará (Caracara plancus). No caso de Catatau, não fará apresentação, pois é um caso de reabilitação e está sendo tratado internamente pela equipe do Zoo.

Atualmente, a apresentação de Falcoaria vem ocorrendo de terça a domingo, normalmente em dois horários: 11h e 15h. É preciso adquirir ingresso extra para assistir à demonstração.


"Pilula Ecológica"


Conheça os 5 tipos de lixos que mais ameaçam a vida de animais marinhos (conforme divulgado na Revista VEJA - Edição 2534 - 14/06/2017):

- Plástico (produto mais comumente encontrado no estômago de aves e mamíferos marinhos);

- Resíduos de materiais de pesca (a ingestão de pedaços de rede de pesca é causa frequente da morte desses animais);

- Pesticidas (defensivos agrícolas que escoam para os mares matam principalmente peixes, pois induzem a multiplicação de algas que aumentam as toxinas e reduzem as taxas de oxigênio na água);

- Dejetos de navios (óleos, detergentes e metais pesados despejados por meio do esgoto de navios de cruzeiro carregam bactérias e organismos transmissores de doenças); e

- Alumínio (descargas de "chuva ácida", produzida pela mistura de gases emitidos por navios com a umidade da atmosfera, elevam o nível de alumínio na água e alteram seus níveis de PH, causando a morte de ecossistemas inteiros).



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