Passarinhada no 207º aniversário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro


Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus
no Jardim Botânico do Rio de Janeiro


No último sábado (13 de junho) ocorreu mais uma das tradicionais passarinhadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Não poderia haver data mais especial para a prática da observação de aves no Jardim Botânico, que completou 207 anos de existência!

Nas palavras do economista e observador de aves Paulo Sergio Moreira da Fonseca, "ao vir ao Rio, qualquer visitante perde o fôlego...e, ao visitar o Jardim Botânico - uma atração obrigatória não só para os visitantes, mas também para os cariocas -, pode aí desfrutar do frescor de um jardim tropical, com o vislumbre do Cristo Redentor encimando o morro do Corcovado, por entre lindas aleias, em uma experiência para sempre gravada na memória, o mais lindo excerto das belezas naturais do Rio" (Guia de Campo: Aves do Jardim Botânico do Rio de Janeiro).

As paisagens naturais do Jardim Botânico trazem mesmo algo de fabuloso e nunca esqueceremos a imagem de uma tomada aérea do Jardim, no fantástico documentário "Margaret Mee e a Flor da Lua", sobre as expedições amazônicas dessa grandiosa ilustradora botânica inglesa (veja o trailer do documentário).

Como não poderia deixar de ser, inúmeras aves apareceram no Jardim nessa data festiva, para o deleite dos observadores que puderam comparecer nesse dia muito especial.

A aleia que fica atrás do Orquidário e que conduz ao Caminho da Mata Atlântica não poderia estar mais repleta de belas aves, como sanhaçus, saíras, tico-tico e ferro-velho (o registro deste último coube ao fotógrafo da natureza Luiz Baroni Junior, que gentilmente nos cedeu a imagem para divulgação).

Sanhaçu-do-coqueiro (Tangara palmarum)

Saíra-sete-cores (Tangara seledon)

Saíra-ferrugem (Hemithraupis ruficapilla)

Tico-tico (Zonotrichia capensis)

Ferro-velho (Euphonia pectoralis)
Foto: Luiz Baroni Junior


Espécie interessante que não aparecia há algum tempo nas passarinhadas, o "Baiano", também conhecido como "Coleiro-baiano" (Sporophila nigricollis), foi avistado em uma pequena árvore que margeia o Lago Frei Leandro.

"Coleiro-baiano" ou "Baiano" (Sporophila nigricollis)


Foram também avistadas várias Jacupembas (Penelope superciliaris). Uma delas, em comportamento bastante comum da espécie, foi vista tomando um "banho de areia", que é feito especialmente para a remoção dos parasitas das penas (já o banho com água é normalmente realizado pelas aves para o controle de sua temperatura corporal, eis que não possuem a glândula sudorípara).

Jacupemba (Penelope superciliaris)


Não pudemos deixar de registrar, ainda, a bela Borboleta-estaladeira (Hamadryas amphinome), pousada no tronco de um Araçá-da-praia (Psidium cattleianum), próximo à aleia das Mangueiras.

Borboleta-estaladeira (Hamadryas amphinome)


No final do passeio, na aleia dos paus-mulatos, uma grande Sumaúma (Ceiba pentandra), de mais de 30 metros de altura, com suas folhas multicoloridas despencando dos ramos, marcava o final da estação, anunciando a chegada do inverno.

Sumaúma (Ceiba pentandra)

Folhas secas da Sumaúma (Ceiba pentandra)


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2 comentários:

  1. Lindas fotos!! Dia proveitoso!!

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    1. Obrigado Zé, por comentar. Foi um dia muito especial! Grande abraço e volte sempre.

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